quinta-feira, agosto 11, 2011
segunda-feira, agosto 01, 2011
Sei não....
Mas tenho saudades, muitas, de você sobretudo, das nossas conversas de começo de noite, de sua lucidez, de sua cultura, de sua amizade...
um beijo com carinho.
domingo, julho 31, 2011
quarta-feira, junho 09, 2010
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Se você é um sortudo possuidor do Kindle poderá ler As Brumas de Bootcastle sem gastar um tostão.
Subscrevo-me com mil salamaleques e um grande abraço.
terça-feira, abril 06, 2010
A Invenção do tempo - Filosofia Pura ou Pura Filosofia
MORAL DA ESTÓRIA - Não perca tempo em aprender os tempos verbais porque o tempo não existe.
sábado, fevereiro 20, 2010
Eu e a morte
sexta-feira, dezembro 04, 2009
O tempo é uma máquina de fazer monstros (sic)
Tem gente que cristaliza sua própria imagem num tempo e acredita nela. Vê o que quer ver. Ou não vê o que não quer ver. Que o tempo é implacável, depois de um tempo. E que tem que se vestir de novo, com roupa nova. De preferência com um tailler comportado. Ninguém envelhece delicadamente. Num dia qualquer você acorda velha e não encontra roupa que lhe sirva. Olha no espelho e, se não vê nada tão evidente assim, ainda há a sombra no olhar, aquela marca inconfundível de quem sofreu tudo ou quase tudo. Nem todo o botox do mundo pode tirar esta marca.
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Crise existencial é uma expressão muito antiga. Deve estar fora de moda, como melancolia, ginasial e científico.Deve ter outra para designar este estado de paralisia diante do óbvio que não serve mais para nada. Mas não sei qual é. Sou meio ultrapassada. Conservadora. Outra palavra bem fora de moda. Sei que é chato. É extremamente chato acordar um dia com a percepção enviesada de que a tudo que você viveu foi de alguma maneira catalogado num almanaque como “adivinhe o que é”. E com todas as respostas erradas. Ou quase todas.
Eu só queria arranjar um jeito de ficar na cama o dia inteiro vendo os seriados da Sony sem me sentir culpada. E que fosse tudo dublado para não ter que fazer o esforço de ler. Saco.
quarta-feira, setembro 02, 2009
Viajando com Einstein – Um livro sobre a história da física
Ildeu Baptista de Oliveira é um médico encantado com a física, desde sempre. Que nem eu ou você. A maioria se encanta com a física. Só não entende e não se anima a estudar porque quando se fala em física, quase sempre, fica um gosto do inatingível por pessoas comuns. O livro do Ildeu, no entanto é digerível e gostoso como um frapé de morango. Leve e fácil de ler, conta a história da física de Galileu até Einstein num diálogo fantástico entre dois viajantes, Otto e Einstein, num trem. A própria trama do livro é atemporal e pode se passar em qualquer lugar. Ou em lugar nenhum, já que o trem está em movimento e...aprendi alguma coisa, acho.rs
O livro é dividido em duas partes. A segunda, não me atrevi a ler. Quem tem algum conhecimento de matemática não se surpreenderá com todas aquelas equações. Eu, que desde os tenros anos (ái, meu Deus!) tenho uma fé profunda na minha total incapacidade de entender alguma coisa além de números divisíveis por par, não me atrevo. Mas a primeira parte, esta sim, foi escrita para que eu entendesse que física pode ser coisa de simples mortal. E me encantei!
domingo, fevereiro 15, 2009
CORRESPONDÊNCIA...ou alguma coisa como
A burrice me irrita profundamente e a DM é burrice fundamentada, diagnosticada, irreparável e incurável. Penso que seria mais fácil se fosse uma deficiencia moderada ou grave, porque as evidÊncias seriam maiores. No caso dela ainda há o agravante da beleza física e, ao primerio contato, ser absolutamente normal. É claro que as pessoas com quem ela conviveu são mais ou menos tão incapazes quanto e, portanto, incapazes também de perceberem a diferença. Para eles ela é apenas meio doidinha.
Sei que poderia ter tido este comportamento mais cedo, mas enfim, não tenho como voltar o tempo nem as minhas condições. Começo agora e acho que vou me dar bem. Só posso, no caso, esperar pelo melhor. O pior virá naturalmente, sem que eu precise ter esperanças.:))
Nâo opor resistência, é o segredo. Espero firmemente ter aprendido, pelo menos, isto. É claro que não sou ingênua a ponto de pensar que não vou sofrer ainda assim. Mas é um sofrimento diferente. Você sofre porque perde. Mas se você tem certeza de que a perda é inevitável, como uma lei, e abre as mãos sem tentar segurar o que não é seu, nunca foi e nunca será, tudo fica inevitavelmente mais fácil. Sofro. Mas sei que a dor não é minha, é parte do meu corpo, da minha condição humana, dos meus instintos, então separo a minha razão da dor e posso, finalmente, não enlouquecer. Enlouquecer, não no sentido banal de adoecer de dor, mas no sentido de não perder a razão mesmo, aconteça o que acontecer.
Ser uma rocha onde batem as ondas que não sei de onde nem porque chegam e permanecer no lugar do meu destino é o que espero de mim. Não mais.É o suficiente para não querer morrer mais cedo e não temer a morte quando vier.
quinta-feira, janeiro 29, 2009
TPM: O DESVARIO DOS HORMÔNIOS
Dez dias antes da menstruação, você muda. Muda não é bem o termo. Você se transforma, de uma hora para outra, numa criatura absolutamente desconhecida para você mesma, quiçá para as vítimas ao seu redor.
Tudo aquilo que no resto do mês não passaria de pequenos e medíocres desvios da sua rotina, se transformam, milagrosamente nas tragédias mais hediondas.
As decisões são intempestivas, o choro é fácil, a sensibilidade fica a flor da pele, uma simples meia atrás da geladeira é tudo que você precisa para decretar a terceira guerra mundial. Cenas açucaradas de filmes sem graça, fazem você chorar desesperadamente. -"Estou enlouquecendo!" - pensa você nas primeiras vezes, e chegaria ao ponto de pedir para te internarem, se a coisa não voltasse ao normal, assim que a menstruação chegasse.
Geralmente, por volta dos trinta anos começa a loucura da TPM. Até então, tudo era perfeitamente normal, antes, durante e depois da menstruação. As mudanças são bruscas e profundas.Se, de repente, na fila do Banco, você acha que as pessoas estão te olhando de uma maneira estranha, vendo-se refletida numa vitrine, acha-se demasiado gorda ou demasiado magra e terrivelmente feia, se seu marido chega em casa e pergunta " que cara é essa?" e você desaba numa choradeira sem fim , bate a porta do quarto aos berros de que ninguém te entende, se não consegue estacionar o carro à menos de um metro da calçada, se chora e se sente ofendida se ele pergunta quem foi seu instrutor, tenha certeza: você está entre os 80% de mulheres que sofrem da famigerada TPM.
Antigamente, a todos estes sintomas dava-se o nome de frescura. "Não existe motivo para mudanças de humor ou de comportamento antes da menstruação". Diziam os médicos, geralmente homens que jamais poderiam entender tais mudanças. Hoje, felizmente, catalogaram tantos sintomas que a TPM virou STM (Síndrome Pré Menstrual) e eles deram o braço à torcer.
Realmente, existem motivos para tanta frescura: a enxurrada de hormônios que invade seu corpo antes da menstruação. Você não está enlouquecendo. Seus hormônios sim, enlouqueceram. Para evitar os exageros, os descalabros, tudo aquilo que te fará morrer de culpa e vergonha quando seus hormônios derem uma trégua, siga as regras:
1) Quando começar a chorar porque a faxineira não lhe deu bom dia, pare um pouco e analise: alguma vez me importei se alguém não foi gentil comigo? Sou tão imbecil a ponto de me incomodar com o mau humor do outro? Se a resposta foi não, você está no período infernal. Se a resposta foi sim, procure um analista, um livro de auto-ajuda, um pai de santo, qualquer coisa. Você não está nada bem, com TPM ou sem.
2) Aprenda a identificar os sintomas e diga para si mesma. É a TPM. Eu não me sentiria assim nos outros dias do mês. Vai passar.
3) Não tome decisões neste período, como por exemplo, pedir o divórcio, mandar seu filho para o colégio interno, telefonar para um ex namorado ( de repente você pode sentir um amor desesperado por ele), cortar os cabelos... dentro de dez dias você ficará horrorizada com o que foi capaz de fazer. E arrependida, o que é pior.
4) Avise toda a família que você está no período da TPM, e peça-lhes que lhe chamem a atenção sempre que extrapolar. Efeitos colaterais: pode ser que você acabe se irritando mais a cada vez que eles te chamem a atenção ou eles podem se aproveitar da situação para cometerem os desatinos de sempre, sem que você possa ao menos berrar.
5) Mantenha objetos pesados (cinzeiros, pesos de papel) materiais cortantes e ou perfurantes longe do alcance da mão ou você pode desencadear uma pequena tragédia. Houve um caso de uma mulher que à simples pergunta do marido "o almoço está pronto?" perseguiu-o durante uma hora com a faca de cozinha na mão.
6) Procure não dirigir nesses dias ou, se o fizer, leve sempre alguém junto para o caso de uma crise histérica no trânsito.
7) Evite sair com ele para festas ou baladas. Certamente você encontrará motivos escandalosos para uma boa briga.
8) Sobretudo não se sinta culpada depois que perceber os desvarios cometidos. A culpa não é sua. É dos seus hormônios. O lado bom da coisa é que você pode culpar a TPM por todas os comportamentos absurdos que tiver ao longo do mês. Desde que mantenha incógnita a data da menstruação. Não é bom?
9) A TPM, dizem, tem cura, ou pelo menos controle. Procure um médico.
10) Siga uma dieta saudável, coma bastante melão ( é diurético, e os edemas causados pela TPM são os maiores vilões da sua saúde pré menstrual), caminhe, caminhe, caminhe! Os médicos são unânimes em afirmar que quem faz uma boa caminhada pelo menos três vezes na semana, está livre dos sintomas mais sérios. Sem dizer que caminhar também evita os sintomas da menopausa.
domingo, setembro 21, 2008
Maus Tratos ou Tortura?
Ontem o homem foi solto. Uma juíza, uma juíza, meus caros, uma mulher, achou que as agressões não podiam ser consideradas como tortura. No máximo, maus tratos de incapaz, cuja pena total não passaria de três anos. Ou seja, o homem está solto e livre. Sequer pode ser preso de novo! Que diabo esta mulher tem na cabeça? Suponho que não tenha mãe... nem pai.
Interessante é que, logo depois peguei o bonde andando – sempre pego o bonde andando - numa reportagem num presídio dos Estados Unidos. Um jovem de 21 anos é condenado em 500 anos e alguma coisa – novamente não sei os números exatos – e 11 – deste eu me lembro perfeitamente!-11 condenações perpétuas! O sujeito está condenado por 12 encarnações! O crime dele? Assaltos à residências com acusações de tortura aos assaltados. Assassinatos? Nenhum, matar ele não matou ninguém, mas reconhece que as torturas foram cruéis, e que isto ninguém esquece. Ele merece os 500 anos e 11 condenações perpétuas.
Outro jovem de 21 anos pegou 52 anos por uma série de crimes, como dirigir embriagado, drogas, assaltos, nenhuma tortura, nenhum assassinato. Crimes que, diante do nosso Código Penal, são penalizados com alguns anos de recolhimento, nunca cumpridos totalmente.
Você pode dizer que a juíza fez o que podia diante de leis penais arcaicas e protetoras. Não, não fez. E é isso que me deixa indignada. O juiz dá a sentença baseado em fatos e em sua própria convicção. Ela poderia, por exemplo, entender que houve muito mais que maus tratos. Houve tentativa de homicídio com agravantes por se tratar de um velho doente e incapaz. Podia entender que houve tortura, crime hediondo, e seqüencial por se tratar de um cuidador de velhos. Se, num único dia, a câmara flagrou tais atitudes, o que aconteceu antes, no tempo anterior? Não havia, no mínimo, presunção de que tal comportamento era repetitivo? Porque escolher maus tratos, conseqüentemente uma pena menor, e deixar este filho da mãe em liberdade? Se o nosso Código Penal é paternalista e protetor de bandidos, cabe a quem o executa, pelo poder do livre convencimento, proporcionar a pena ao crime praticado. Com um pouco de bom senso, um mínimo de inteligência, e uma boa dose de sensibilidade, livrar a sociedade de vermes como esse, senão para sempre, pelo menos por um bom tempo. Que coisa!
domingo, agosto 31, 2008
Vejamos...
quarta-feira, março 07, 2007
ESTÓRIAS PARA BOI DORMIR ( Contos de Fábulas)
• Círculo Vicioso ( Ao pé da letra)
Havia outrora um reino muito simpático à primeira vista, porém meio estranho, já que tudo lá era em círculos. As ruas não eram essas retas cansativas quebradas por esquinas, cheias de assaltantes armados. Não. As ruas eram circulares e não iam dar em lugar nenhum, tanto que o nº 1 começava em qualquer lugar e nunca no princípio, porque, como se sabe, os círculos não têm princípio nem fim. As pessoas também não tinham muitos princípios, já o fim, muitas tinham. O bom da coisa é que não existiam esquinas, logo ninguém corria o risco de ser atacado subitamente numa dessas quebradas. Eram assaltados em qualquer parte, no princípio, meio ou no presumível fim. O que também não fazia grande diferença porque grande parte dos assaltantes girava ( é bem o termo) entre os transeuntes e acontecia até de dois sujeitos gritarem ao mesmo tempo: - “é um assalto!”, um para o outro. Mas havia muita ética entre eles e ladrão não roubava de ladrão.
O problema maior de se andar em círculos ( ou num círculo) é sair dele. Ninguém sabia se estava indo ou vindo e muitos ficaram anos e anos sem chegar a lugar nenhum. Tinha também o seu lado bom ( como tudo aliás). Ninguém era obrigado a chegar. Tinha gente que até gostava e passava a vida toda sem nenhuma responsabilidade já que tinha mesmo que andar em círculos. Houve até quem treinasse tanto que acabava encontrando consigo mesmo algumas vezes, o que é um fato bastante inusitado, já que pouca gente está interessada em se encontrar. A maior parte das pessoas, muito pelo contrário, sai de casa, ou, se fica, liga a televisão, o som, que é para evitar este constrangedor encontro. Por isto e por outras a população desse reino descobriu que as ruas podiam ser retas e com esquinas. E que, sobretudo, podiam ter princípio e fim! Era o máximo! Fizeram passeatas que ninguém sabe quanto tempo durou porque ninguém sabia onde era o fim. Deu resultado. O próprio rei já estava meio zonzo de tanto andar em círculos já que rei nunca faz outra coisa mesmo, só para parecer muito ocupado. Desentortaram as ruas, fizeram esquinas, as pessoas chegavam rapidamente onde tinham que chegar, eram assaltadas nas esquinas e, sobretudo, nunca mais se encontraram consigo mesmas, o que foi um alívio para muitos.
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MORAL DA ESTÓRIA: Há gente que prefere dar de testa com um assaltante do que consigo mesma.
sábado, fevereiro 17, 2007
O HOMEM NA VERTICAL
- O Nicanor? Maravilha de homem! Nunca me preocupo com o seu jantar. Chega em casa , e liga o microondas sozinho. É claro que deixo o prato dentro mas também não se pode querer demais.
Consertar canos entupidos e tomadas que não funcionam parece ser a especialidade destes seres estranhos. A maioria sabe fazer isto de tal maneira que , se você pesquisar, verá que não existe uma só casa de suas amigas em que exista um cano entupido, um curto circuito, a não ser a sua garganta entalada com tudo o que você não pode jogar na cara dele - indiscutivelmente ele é mais forte fisicamente e você esperta o suficiente para não arriscar um sopapo na orelha- e os fios desencapados dos seus nervos, depois de anos de convivência. Se você acha mesmo que a espécime que tem em casa, deveria ficar o tempo todo na horizontal, posição em que de fato, pode ser muito útil, até imprescindível, tente mudar os seus conceitos. Coloque-o na vertical e comece o treinamento.
1) Quando ele gritar pela fresta da porta do banheiro que esqueceu de levar a toalha, finja-se de morta. É substancial para o treinamento, que você não se apiede do miserável, depois do vigésimo pedido de socorro. Deixe-o sair pelado. Não chegue ao extremo de pedir que ele enxugue o chão do corredor. Ele poderia não suportar.
2) Quando ele chegar com um amigo, no meio da semana e sem avisar, para almoçar, sorria o seu mais jovial sorriso, diga que está encantada, mas que já havia marcado um almoço com a Margô. Mostre-lhe onde é o fogão ( é provável que ele não saiba onde é a cozinha). Também é imprescindível que você não se enterneça com seu olhar de cão perdido. É para o bem dele, não se esqueça e, sobretudo, o seu .
3) Faça setas indicando o caminho das meias, dos pijamas e dos chinelos. Se, apesar disso, ele pedir ajuda no itinerário, desista deste particular. Parece que os homens em geral são desnorteados em relação ao destino das meias e cuecas, até por uma questão genética. Engraçado é que, nas ruas, eles preferem se perder e rodar quilômetros inúteis, a ter que parar o carro e perguntar onde fica a Rua Tal. Não procure entender.
4) Quando pedir que você abra a 5º cerveja, enquanto ele vê o futebol na TV, diga-lhe que pegue ele mesmo o seu diabo engarrafado, porque agora você faz parte da Confraria Universal das Mulheres Unidas Contra o Álcool e que o primeiro mandamento do estatuto é : "Jamais abra a 5ª cerveja enquanto seu marido vê futebol, ou ele será inútil também na horizontal". Pelo menos esta utilidade você tem que preservar com unhas e dentes.
5) Se ele insistir que não consegue cortar as unhas dos pés sozinho e pedir a sua ajuda, negue estoicamente. Não amoleça diante das garras enormes que ele vai cultivar só para lhe atazanar e furar as pontas das meias. E não remende as meias.
6) Tire uma manhã de Domingo para ensinar-lhe a usar o liquidificador, a centrífuga, o fogão, a máquina de lavar. Máquina de costura, nem tentar. Ele nunca vai conseguir. Pode tentar ensinar-lhe também a abrir a porta da geladeira e pegar sua própria água. Se vai dar certo? Nunca se sabe. Em alguns casos dá certo. Em outros, dá divórcio.