segunda-feira, agosto 01, 2011

Sei não....

Perdi o jeito. Se um dia escrevi com a desenvoltura de uma irresponsável, hoje não consigo, Tê. Minhas angústias estão num baú que nem abro mais, meu desconforto no lugar que ocupo no mundo e em mim mesma troquei por uma absurda, patética e covarde alegria. Tenho dúvidas ainda: será a dose diária de fluoxetina? Os anos acumulados? O cansaço? Encontrei enfim, o final da batalha? Sei não, sei não. Sei que não sei mais escrever porque a lucidez foi toscamente enviada para um balão azul que vai para onde o vento sopra. E nem me importa a direção do vento, sabe?
Mas tenho saudades, muitas, de você sobretudo, das nossas conversas de começo de noite, de sua lucidez, de sua cultura, de sua amizade...
um beijo com carinho.

3 comentários:

Anônimo disse...

Tê, até quando você perde o jeito de escrever, escreve bem :) Acho que você não perdeu o jeito.Li você na Meg, dizendo "me deu uma vontade enooorme de fazer tudo de novo de uma outra maneira!"
Você sabe, sei que é capaz! Mas fiquei feliz por saber que suas angústias estão num bau que você nem abre mais. Por que covarde alegria? Se está alegre, se está bem, que coisa boa, Tê! Só não peço a receita porque ela não existe e você mesma não sabe a fórmula. Mais importante que escrever belíssimos textos sobre a sua angústia, é abandoná-la de vez.
Jogue a chave do bau fora.Dance com uma flor no cabelo e pule o muro, como num post seu (lembra?).
Não creio que a fluoxetina tenha tanto poder.Claro que ajuda. Mas lembro de você tentando livrar-se da angústia e conseguindo.De qualquer forma, um mérito seu.
O seu humor é ótimo e você é capaz "de fazer tudo de novo de uma outra maneira".Se você quiser.
A minha angústia ainda não está num bau e nem sei se conseguirei tanto, mas estou bem melhor.Estou mais em paz comigo. Muito, muito bom saber de você:)
Um beijo carinhoso.

Anônimo disse...

de novo! A anônima sou eu, Tereza.bjs.

Teruska disse...

O que acontece, Tê, é que, subitamente, encontrei um jeito de viver mais leve e mais solto. Tão leve e tão solto que raramente me vejo fazendo perguntas que nunca têm respostas. E, quando elas insistem,procuro alguma coisa para fazer, tão óbvia, como escovar os dentes ou varrer a casa.rs
Vivo um dia de cada vez... aliás, muito menos: um minuto de cada vez. O absurdo para mim, agora, é ironico, é pitoresco,é engraçado. A vida é muito engraçada! Queria muito que você descobrisse isto também e pudéssemos rir muito de todas as angústias. NAda tem o sentido que a gente quer e espera que tenha. E isto também só pode ser engraçado. Mais que isto é... teoria, pura teoria.rs