domingo, novembro 06, 2005

Confesso!

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Tenho que dar a mão à palmatória: meu tempo de blogar acabou. Pelo menos hoje estou certa disso. Depois de ler a despedida do Cesar, ficou claro o que eu sentia e não sabia desvendar logicamente. Há três anos era diferente. O entusiasmo quase adolescente com que escrevia diariamente, a surpresa de pessoas nunca vistas e tão queridas, as emoções que deviam ser guardadas e ficaram expostas para que todo mundo visse e antecipasse as minhas dores, antes ocultas como aquela face da lua, a estranha impressão de que afinal eu ocupava um lugar no mundo, tudo foi, aos poucos, se esvaziando como convêm e como acontece, inalteradamente, em toda a vida. Antes que eu percebesse, tudo entrava para a lista das coisas que um dia vivi. Assustada, vi o castelo de Bootcastle desmoronar. Ainda tentei deter o fim, fiz planos e pensei que tudo voltaria ser o que já não era. Como sempre, não deu. Nunca dá. Não é possível segurar o pêndulo. Manter um cadáver sem um túmulo é indecoroso, para não dizer coisa pior. Portanto, encerro o Confiteor, não sem um doce sentimento de tristeza por tudo que não é eterno, mas que devia ser. Infantil? Sim, ainda sou meio infantil, apesar de tudo.

Cesar, Gisela, Tereza de Minas, Teca, Tereza de Bruxelas, Leila, Mônica das crônicas, Adelaide, Gi de Niterói, a Ginikinha, Magaly, Meg, Bion, Pedro, o aprendiz,Fadinha...aqueles que posso não me ter lembrado de citar, todos que um dia fizeram deste muquifo um castelo, brigada! Beijos e lembrem-se, pliiise: enterrei o Confiteor, mas continuo viva, numa casinha aqui em Belo, cheia de buganvilles floridas, e muito amor por vocês.

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