-Toma! Brinca com o mouse! - Esta sou eu em desespero, tentando acalmar o pequeno delinqüente. Não me venham com esta história de inocente, aquilo é um meliante em miniatura, um demônio da Tanzânia, uma peste que assola a minha casa cada vez que entra pela porta. Um Bin Laden em rascunho!
-Chegou! Chegou a redenção de Herodes!
-Ái, meu Deus! Esconde os gatos, os cachorros!
-Enfia tudo no guarda roupa e guarda a chave!
Quando, enfim, eles ameaçam ir embora, envergonhada eu vejo que já abri a porta cheia de sorrisos, quase empurrando carinhosamente os dois desastres porta afora.
Os gatos desapareceram, os cães encolhidos, com olhos estatelados me olham com horror. Apalpo um e outro para ver se as costelas ainda estão no lugar.
Pego o mouse no quintal, jogo fora três maçãs mordidas, escorrego numa casca de banana, me estatelo no chão, feliz enfim! A felicidade, às vezes, é o avesso.
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