segunda-feira, julho 25, 2005

Filosofia de Botequim...

Ontem a noite, peguei o bonde andando, como sempre, no Café Filosófico. Tinha um senhor engraçadinho falando sobre medo e desempenho nas empresas. E fez uma correlação interessante com a vida pessoal. Falando sobre amor e paixão, resumiu mais ou menos assim: a paixão é efêmera, só o amor tem continuidade. Nada de novo, mas ele fez também uma afirmação muita discutida nos consultórios de terapias para casais: ninguém consegue amar alguém já “conquistado�. É preciso haver desafio para o amor ter continuidade. Disse outra palavra, mais intensa: é preciso haver pânico. A paixão exige desejo intenso e impossibilidade de atingir o objeto do desejo. Quando você sacia 'a fome' o desejo se extingue. Nada mais perfeito. Mas o amor, o amor não. O amor precisa ser cuidado para ter continuidade. Ninguém ama a outro se tiver certeza de que nunca será traído. Entretanto, se for traído nunca mais que ver a cara do traidor. O que alimenta o amor não é a certeza; é a incerteza. Não é a traição; é a possibilidade dela. Agora já posso dizer com categoria filosófica que o amor é o mais estranho jogo de comunicação: se não tiver cartas na manga, é fato concluso: está perdido. Visto assim, meninos e meninas, não estou mais na fileira dos pseudo-conselheiros- sentimentais -das -revistas -femininas: sou ortodoxa; sou até filosófica, pasmem! Portanto, meninas, aceitem o conselho filosófico: desafiem para serem amadas.:) O conselho mesmo, do filósofo, é: tenham uma amor na vida pessoal e uma paixão na profissional. De maneira nenhuma invertam a ordem. É isto.
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Em tempo: tô destravando...aos poquim.:)

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