UNACCEPTABLE!!
A Bia falou, indignada, sobre uma estrela, melhor dizendo, de como uma empresa se posicionou diante das seis pontas. Acordei inda a pouco e meus neurônios mal acostumados, não perceberam com exatidão o que ela queria dizer. Ou o que a Microsoft queria dizer com «unacceptable symbol», Mas sei da sua indignação pelas muitas estrelas de David que ela saiu postando, como se esparramasse numa mesa, suas relÃquias, para provar que está do lado de lá. Do lado de lá da Microsoft. Do lado de lá de qualquer inclinação anti – semita. Eu, por mim , como a própria Bia, quero que a Microsoft sifu. E mais ainda: que se dane, vá pro diabo que a carregue! Que vá fazer softwares!
Se entendi alguma coisa, o que duvido muito, a Microsoft só queria dizer que qualquer sÃmbolo é uma exaltação de uma raça em detrimento de outra. Como a suástica. No fundo, bem no fundo, é só uma intenção, mal explicada, de que a tal empresa é contra qualquer marca anti ou pro, simplesmente porque não existe raça. Existe espécie humana. Tudo muito bem, tudo muito certo, mas existe raça sim! Existem até umas raças que ninguém classifica e cataloga. Raça mineira, raça baiana, raça carioca, raça americana e até raça ruim. Dizer o contrário é negar o óbvio e partir para um discurso humanista cheio de intenções demagógicas e infantis.
Andei muito tempo com uma estrelinha de David pendurada no pescoço. Pequenininha, dourada, que mandei fazer, primeiro de uma peça de ouro que me perseguia, talvez fosse uma obturação de alguma tia judia ou não, e depois, quando a perdi – sempre acabo perdendo alguma coisa - da ...minha aliança. Por vários motivos. Porque meu pai nos contava uma estória de mãe judia convertida ao catolicismo ( catolicismo renitente e fundamentalista, diga-se de passagem) e, sendo bisneta de judeus, devia carregar em algum gen a marca de uma raça. Nada mais justo que transporta-la para o colo. Exibi-la com um orgulho racista sionista não era exatamente meu motivo. Era muito mais uma espécie de melancólica indignação com o nazismo. Como um olho dourado me indicando exatamente o que eu jamais deveria ver. Depois porque meu casamento era muito precioso para mim e eu devia, pelo menos, transformar o sÃmbolo dele num outro, mais de acordo com a minha genética. As minhas células desenvolveram uma espécie de antÃdoto contra o casamento. Contra o argumento, sionista por sinal, do meu pai, de que eu era uma judiazinha desgarrada, mas uma judia, não havia vacina. E como eu gostava disso! Porquê? Ora, por acaso você é anti-semita?
Nenhum comentário:
Postar um comentário