quinta-feira, maio 13, 2004

SÓ AQUI!
Coloquei o Comentar aí de novo. Gosto dele porque me diz quem comentou, por e-mail. Ficou meio complicado com essa palhaçada de digitar aquelas bobagens. Enfim, se tiverem paciência...


Estou de saco cheio. Saco cheíssimo. Porquê? Porque sim. Felizmente não estou triste. Estou p da vida. Vontade de voltar para algum lugar de onde nunca vim. Onde tudo funcione sem que eu precise mover um dedo. Deve ser exatamente assim que se sente alguém com 200 anos.

Velha é a vó!


A Penélope – por sinal uma cadelinha – disputa com determinação a maternidade dos filhotes da Mel – por sinal uma gata.
Só aqui acontece isso. A Mel não se importa nem um pouco em dividir os filhos. Aceita com resignação. Acho que até agradece porque tem tempo de caçar um passarinho que arranco da sua boca. Ela me olha com aquela cara de paisagem enquanto tento reanimar o sabiá. Falta o rabo e ele não consegue voar. Tenho que me decidir rapidamente sobre o que fazer. Solto o pássaro ferido e ele pula como um sapo. Consegue subir no muro e se esconde entre os galhos da árvore. Perco-o de vista.
Tento esquecer. Será que tomei a decisão certa? Não poderia cuidar dele até que o rabo crescesse? E se ele morresse enquanto isso? E se eu o visse morrer? O povo desta casa me olha como se eu fosse um e.t.
- Você vai chorar por causa de um passarinho?
- Se você perdesse o rabo e ficasse preso numa árvore eu também choraria.

O fato de não ver mais o sabiá me inocenta?
O povo desta casa tem razão. Estou perdendo totalmente o resto do juízo que me sobra. Saco!

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