MEUS DIAS SEM ELE
Minha placa mãe morreu. Meu processador foi pro saco. Fiquei inteiros 13 dias sem computador. Sobrevivi. Como sempre acontece nestas situações, tudo se salvou exceto o que me era realmente importante. O meu catálogo de endereços e a minha lista enooorme de favoritos, tudo separadinho, contra o minha usual indisciplina, organizado.
Odeio formatar disco! É mais ou menos como você mandar pra lavanderia um vestido carÃssimo, e ele voltar limpinho e cheiroso. Tão limpinho que faltam botões, gola, bainha, e até a cor. Uma beleza! A vontade que você tem é de jogar no lixo ou ir atrás da lavanderia e arrancar as orelhas de quem fez isto. Com os dentes. Pode até ser que ele tenha guardado um dos botões, mas duvido. Ninguém sabe a importância de um botão quando ele não é seu. Ou de um endereço na internet que você campeou duramente. Ou de endereços de amigos que são só seus. Ou aquele programinha que nem você sabia mais para que serve, mas que é seu, droga!
E os olhinhos dos técnicos têm um brilho estranho quando dizem: -Vai ser preciso formatar...â€� Enquanto você bate a mão na testa e murmura oh! Meu Deus! Ele tem um risinho cÃnico e cruel.
-Tem problema não... faço becape de tudo.
E você acredita. O infeliz tem uma carinha de anjo do apocalipse, detentor de seu destino e você se entrega à fúria deletante do indivÃduo. Em meia hora tudo está perdidamente limpo. De alguma forma ele sabe onde estão seus favoritos e seu catálogo de endereços, mas nem ele consegue devolve-los para o lugar. Pede um copo d’água, consulta o relógio e diz que está atrasado. Amanhã ele volta para resolver este detalhe. Acredite se quiser. Eu, por mim, vou tocaiar o anjo nas esquinas. Por infelicidade dele, eu sei por onde ele passa.
Saco.
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Um pouco mais e repondo os três e-mails que recebi neste tempo. Vou continuar colocando ordem na casa, instalando programas e chorando quando perceber que perdi mais um arquivo.�i que ódio!
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