HOSPITAL MODELO
O Hospital do IPSEMG – Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais - em Belo Horizonte, foi, outrora, um dos mais bem conceituados do Estado. A situação atual é de horrorizar e embrulhar os estômagos mais resistentes. Meu cunhado seria submetido a uma cirurgia neste hospital. O médico pediu a internação. Era necessário, depois da cirurgia,um ou dois dias no CTI, ainda que tudo corresse bem. Não havia vaga no CTI. O pobre coitado ficou três dias internado esperando, porque se não garantisse a vaga do apartamento para quando surgisse um leito no CTI, sabe-se lá quando teria outra. Desesperado, meu cunhado teve “alta� e voltou pra casa sem a cirurgia que, diga-se de passagem, era urgente. Domingo à noite foi internado novamente – vagou um apartamento - para esperar a vaga no CTI. Segunda de manhã, surgiu o comitê de vagas, apressado:
-Depressa! Depressa! Vagou o CTI. Vamos logo pra cirurgia antes que alguém se aposse.
Cirurgia concluÃda com sucesso, CTI. Bem, pensou a famÃlia, podemos ir em casa tomar um banho, já que ele está no CTI e voltamos amanhã.
- Não. De jeito nenhum. Alguém tem que ficar no apartamento.
- Mas porque?
- O comitê passa, vê o quarto vazio, colocam outro e aà ele vai pra enfermaria, se tiver vaga. Se não tiver fica no corredor mesmo.
Esclarecendo:
- O hospital tem 36 leitos de CTI, equipados e prontos para o uso. Só 16 estão ativos. O que não tem é funcionário.
- Existem vagas sim, mais da metade dos leitos estão vazios. A fila de espera se estende, literalmente, do lado de fora do Hospital, gente sentada nas calçados, na sala de espera, nas ruas. O que falta é funcionário.
- Aecinho, o Neves, não permite contratação. Economia.
- Agora vai até la na Fabriani e veja a prisão modelo da Suécia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário